16.11.14

Estico o cordão que me prende à ilha do Arcanjo. Cordão infindável, este que aqui me liga. Onde quer que vá, conto com ele para me guiar no regresso a casa, daqui a uma semana, daqui a um mês, daqui a um ano, a incerteza do regresso é sempre certa.

Vou lutar para garantir a minha subsistência. Perdi e vou perder batalhas, mas a luta só acaba com sucesso ou quando eu cair.

Afinal é para isto que vivemos. Quero subsistir e garantir um futuro igual ou melhor que o meu passado às gerações vindouras. A fasquia está alta, mas só tenho a agradecer os valores que me foram transmitidos pelos meus progenitores.

Em 2012 ganhei asas para sair do ninho, mas como em tudo na vida queremos sempre mais e melhor, eu quero asas para voos mais altos.

- Ponta Delgada, 16nov14

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