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24.4.14

Freedom of speech



Os cidadãos têm direito à opinião e são livres de a expressar é um direito inalienável, um de outros, como a própria Autonomia Regional, que a Revolução de Abril possibilitou e que a Constituição da República consagrou.
Há, no entanto, quem a exprima sem fundamento mas, desde que não fira os direitos ou coloque em causa o nome e honra de quem visam com a sua opinião, ainda que não seja muito apropriado, até compreendo. No fundo isso reflete a sociedade que temos e, sobretudo, a formação e a educação que nos é dada, quer em casa quer no sistema de ensino.
Mas a opinião nem sempre é fruto do desconhecimento, corre por aí muita opinião que não resulta da ignorância mas sim da má-fé e, quando assim acontece a opinião assume contornos de alguma gravidade, aumentando quando é proferida por cidadãos que, suponho, deveriam estar bem informados, como sejam: um tal professor/empresário, um jornalista que até assume o cargo de subdiretor de um jornal micaelense, ou de um ex-deputado/professor/filósofo.
Será que estes cidadãos não sabem:
1.º Que os ajustes diretos não carecem de concurso público, por alguma razão se designam por “ajuste direto”;
2.º Que os contratos deste tipo não carecem de publicação no Jornal Oficial, é bastante a publicação na BEPA.

É claro que as dúvidas não se dissipam mas devem então alargar-se a todos os contratos por ajuste direto, sobre todos eles se podem instalar dúvidas. Porquê só o meu veio causar tanta polémica!? Todos sabemos a resposta, mesmo estes sábios cidadãos a que me referi, aliás será que sobre os apoios públicos dados à empresa do empresário/professor suscitam dúvidas!? Ou será que este professor/empresário sente a sua opinião condicionada por receber auxílios dos programas de apoio às empresas do setor privado!? Julgo que não até porque a sua simpatia partidária e ideológica é, sobejamente, conhecida.
Quanto ao jornalista e subdiretor, então a esse é indesculpável pois, melhor seria que a sua opinião resultasse da ignorância! Não, neste caso, a opinião é mesmo má-fé. O que vindo de um católico confesso é, no mínimo, uma imoralidade. Isto para além de se saber que o “seu” jornal também recebe apoios públicos, seja por via do PROMEDIA, seja por via da publicidade institucional, apoios sem os quais este e outros títulos da imprensa regional não sobreviveriam. O que, sinceramente, não desejo pois considero que a comunicação social é essencial à democracia e que numa sociedade com as caraterísticas que a nossa tem ela torna-se ainda mais importante. Julgo é que nem os jornais nem os jornalistas se sentem condicionados no exercício da sua missão por as suas empresas receberem apoios públicos.
Quanto ao ex-deputado/professor/filósofo, nem sei o que verbalizar pois sempre me disseram que era boa pessoa, inteligente e bem-humorado, alguma coisa se deve ter passado para de repente ter assumido esta cega “missão”. Mas vou procurar saber.


Duas notas finais:
Se me sinto habilitado a desempenhar a função para que fui contratado e “descontratado”!? Claro que sim até porque integrava um grupo de trabalho constituído para operacionalizar o Plano Integrado de Transportes, e os transportes aéreos são uma parte essencial desse plano, e, quer se queira quer não a minha formação é na área dos transportes aéreos. Se o que quero é trabalhar numa repartição pública!? Não.
O que quero é voar, quero e posso fazê-lo em qualquer parte do Mundo e é para fora da terra onde nasci e cresci que me estão a empurrar, como de uma forma ou outra empurram muitos outros jovens açorianos. Pois que seja!
Ponta Delgada, 24 de Abril de 2014

João MF Pires